
There are some people who use their life problems as their best qualities. I could say that I am one of these people. Back in 1993, I was diagnosed with type 1 diabetes, and even knowing I wanted to become a physician, the topic “diabetes” was totally unknown. However, my life was turned upside-down, and back in 90’s there was very little information about diabetes. This led me to start studying about diabetes as soon as I can remember.
In 2011, when I was 18, I started a training programme called “Young Leaders in Diabetes” in ADJ Diabetes Brazil, the diabetes association which I am part of. In the same year, my then girlfriend, who also had diabetes, passed away due to a diabetic ketoacidosis caused by an infection. I was utterly shocked. This was the turning point for me, to devote my entire life to avoid this fate for anyone. The lightning struck right by my side, but I had the unique chance to change people’s lives for better.
I joined the diabetes camp counsellor’s team in the same year, a role I played until 2018, when I graduated from medical school. Being part of a diabetes camp team was quintessential to understand the needs of people with diabetes besides my own. It was important to learn how to deal with different beings who had their own dreams, fears, and ideas about the world. While in this position and as a medical student, I noticed that people with diabetes lacked information about the condition itself. Then, I started to write about diabetes, first for a website called “Diabeticool”, and soon after for my own portal, called “Arquimago da Insulina” (Insulin Archimage in Portuguese), that can be accessed in Facebook, Instagram, Twitter or www.arquimagodainsulina.com.br.
These experiences led me to a holistic comprehension of diabetes, not only as a “disease”, but as a condition that entwines mind and body and few healthcare professionals know how to deal with. It was no surprise that I wanted to become an Endocrinologist – a journey in which I am now! – but in Brazil it is possible to act as a Diabetologist shortly after the graduation, since it is not a recognized specialty here, and thus, I am doing this in my diabetes association.
My current projects are to write about diabetes for the general population, aiming for strategies to prevention and health promotion, developing educational programmes for people with diabetes in vulnerable conditions and, why not?, developing projects for health education for people with non-communicable diseases.
Read Ronaldo’s story here in Portuguese:
Uma Jornada Inesperada

Existem algumas pessoas que transformam os problemas da vida em suas melhores qualidades. Eu poderia dizer que sou uma dessas pessoas. Em 1993, fui diagnosticado com diabetes tipo 1 e, mesmo sabendo que queria ser médico, o tópico “diabetes” era totalmente desconhecido. No entanto, minha vida virou de cabeça para baixo e, nos anos 90, havia muito pouca informação sobre diabetes. Isso me levou a começar a estudar sobre o tema desde que me entendo por gente.
Em 2011, quando eu tinha 18 anos, comecei um programa de treinamento chamado “Jovens Líderes em Diabetes” na ADJ Diabetes Brasil, a associação de diabetes da qual faço parte. No mesmo ano, minha então namorada, que também tinha diabetes, faleceu devido a uma cetoacidose diabética causada por uma infecção. Fiquei totalmente chocado. Este foi o ponto de viragem para que eu dedicasse toda a minha energia para evitar este destino para qualquer outra pessoa. O raio caiu bem ao meu lado, mas tive a chance única de mudar a vida das pessoas para melhor.
Eu me juntei à equipe de monitores do acampamento de diabetes no mesmo ano, uma função que desempenhei até 2018, quando me formei na faculdade de medicina. Fazer parte de uma equipe de acampamento de diabetes foi fundamental para entender as necessidades das pessoas com diabetes além das minhas. Foi importante aprender a lidar com diferentes seres que tinham seus próprios sonhos, medos e ideias sobre o mundo. Enquanto estava nesta posição e como estudante de medicina, percebi que as pessoas com diabetes não tinham informações sobre a condição em si. Então, comecei a escrever sobre diabetes, primeiro para um site chamado “Diabeticool”, e logo depois para o meu próprio portal, chamado “Arquimago da Insulina”, que pode ser acessado no Facebook, Instagram, Twitter ou www.arquimagodainsulina.com.br.
Essas experiências me levaram a uma compreensão holística do diabetes, não apenas como uma “doença”, mas como uma condição que enlaça corpo e mente e com a qual poucos profissionais de saúde sabem lidar. Não foi nenhuma surpresa que eu quisesse me tornar um Endocrinologista – uma jornada em que estou agora! – mas no Brasil é possível atuar como Diabetologista logo após a formatura, já que não é uma especialidade reconhecida aqui e, portanto, estou fazendo isso na minha associação de diabetes.
Meus projetos atuais são escrever sobre diabetes para a população em geral, visando estratégias de prevenção e promoção da saúde, desenvolvendo programas educacionais para pessoas com diabetes em condições vulneráveis e, por que não?, desenvolvendo projetos de educação em saúde para pessoas com doenças não transmissíveis.